A produção de vinhos foi introduzida na África do Sul pelos franceses no Século 17 e até hoje a arquitetura de Franschooek espelha esta herança, com vinhos saborosos e forte apelo dos cafés espalhados por suas calçadas. Passear no início da manhã ou final da tarde nesta cidade interiorana foi um deleite.
Já no quesito vinhos, o encontro do frio do Sul, com os ventos que vem do mar e aluviais ácidos e arenosos, tornam os vinhos daqui espetaculares!
E o que provamos nos três dias de visitas, total de mais de 48 provas (excluindo os graciosos atendentes que “esqueciam” as garrafas para que pudéssemos apreciar um pouco mais…) marcou que mal conhecíamos o vinho sul africano. A explicação talvez seja o fato do Brasil não estar entre os principais importadores, ou seja, vem muito pouco vinho sul africano pro Brasil e alguns de baixa qualidade.
E o que provamos nos três dias de visitas, total de mais de 48 provas (excluindo os graciosos atendentes que “esqueciam” as garrafas para que pudéssemos apreciar um pouco mais…) marcou que mal conhecíamos o vinho sul africano. A explicação talvez seja o fato do Brasil não estar entre os principais importadores, ou seja, vem muito pouco vinho sul africano pro Brasil e alguns de baixa qualidade.
No último dia desta expedição fomos conhecer a região de Paarl, cerca de 40km de Franschhoek e fechamos com chave de ouro o que pode ser descrita como uma das melhores viagens enogastronômicas que já fizemos.
A primeira vinícola foi a Fairview, também especializada em queijos. Além de possuir uma linda delicatessem com produtos para casa, azeites e queijos artesanais, ainda tem uma degustação de queijos produzidos ali, ditos excepcionais (não provei, mas o marido passou horas falando de um tal queijo de cabra…)
O preço chega a ser irrisório! Uma degustação de seis vinhos com seis queijos diferentes custa apenas R$ 6,00.
O local ainda é agradabilíssimo, com um jardim enorme e um bode que vive em uma torre. Sim, não é lenda urbana, o bode mora na torre! Nada conveniente para quem vai tirar o leite do queijo de cabra.
O almoço estava reservado na Glen Carlou, a mais sofisticada das que conhecemos. Olha onde ficam guardadas as barricas.
E a refeição não decepcionou, com menções honrosas a este foie grass com croutons de entrada, harmonizados com um Pinot Noir 2011 fabuloso .
Mas os vencedores entre as entradas foram estes mexilhões com leite de coco!
Entre os principais, a vencedora foi a carne com tutano (o marido destruiu este osso!) devidamente acompanhada de um Shiraz 2007 estupendo.
Mas também provamos peixe, um pouco de exagero na pimenta.
E um pappardelle honesto.
Depois da conta, que não deu indigestão (R$100,00 o casal), apreciar esta visão (perdão pelo trocadilho maroto).
Seguimos para a Warwick Estate e logo ao chegar ficamos impressionados com este carro: Safári? Mas existem bichos nos Vinhedos do Cabo?
Não existem! É um Safari de vinhos, onde se percorre a propriedade em busca das 5 varietais produzidas ali. Deve ser bem divertido, mas a última saída era às 15h. Pode ser reservado no site.
Também é possível fazer um piquenique no gramado e eles fornecem os vinhos e os petiscos, os preços também estão no site e achei bem convenientes.
Este lugar de sonho impressionou mais do que os vinhos produzidos ali. Tudo é lindo! Provamos sete vinhos, mas nos interessamos apenas pelo Three Cape Ladies. Como levamos apenas uma garrafa, pagamos uma degustação em torno de R$ 6,00.
No caminho, um Moais perdido…
E a última vinícola desta viagem, indicada por Bradley, nosso motorista, que gentilmente ligou e pediu que nos recebessem, pois já passava o horário do fechamento.
Simples, sem outros atrativos senão o vinho. E que atrativo! Provamos o melhor Pinotage da vida na MORESON!
Garrafas comemorativas com o xodó da vinícola, Miss Molly, sendo a venda destinada a várias instituições de caridade em prol dos animais. Muito fofo! Os rótulos são em relevo nos focinhos da Molly… queria uma, mas não havia à venda.
Mais duas garrafas “esquecidas” no balcão, uma taça de presente e vários vinhos na sacola. Dois Pinotages e um Cabernet Franc, pela primeira vez o grupo ficou realmente dividido em qual dos dois era o melhor… Talvez o melhor seja o preço R$ 36,00 para um vinho excepcional.
Encerramos aqui o passeio pela rota dos vinhos da África do Sul, ainda há outras belas regiões, todas com ótimas referências, como Tulbagh e Robertson, mas não teríamos tempo, nem fígado para mais vinícolas nesta viagem ;).
1 Comentário
A rota do Chianti na Toscana, Itália - Viagens Invisíveis
8 de setembro de 2019 em 16:30[…] de vinhos. Estivemos em Mendoza e Cafayate na Argentina. Visitamos as vinícolas de Franschhoek, Paarl e Stellenbosh na África do Sul. A lindinha Carmelo no Uruguai e recomendamos 05 vinícolas para […]