O dia acordou um pouco sonolento, muitas nuvens, um certo mau-humor, mas nada de chuva. Aproveitamos a estiagem para ir direto ao Corcovado, era nosso último dia e desejávamos ver o papa. Dividimos um taxi com um casal de Recife que também iria ao Cristo e por R$100,00 o taxista nos levou e devolveu no Jardim Botânico.A primeira coisa que devo dizer sobre o Corcovado é: Leve dinheiro!!
Confiamos na informação de que as vans autorizadas que sobem até lá cobrariam R$18,00, mas, como era feriado, o valor era R$26,50. Se não fosse R$0,50 emprestados do casal de PE teriamos voltado choramingando para casa. No guichê não aceita crédito, débito ou qualquer outra coisa que não sejam reais em papel. Inacreditável que o local mais turístico do RJ não aceite sequer cartão de débito!!
A subida permitida por carros de passeio já é uma boa aventura, muito íngreme e com a floresta ao redor, impressiona pela altura.
Começou a chover, a neblina se expandia, mas ele estava lá, totalmente descoberto. Por 10 min, é verdade, mas o suficiente para deixarnos estasiados e muito, muito contentes por ver esta maravilha.
10 minutos da nossa chegada, apenas o rosto pairava na neblina. Para os pouco inteligentes, como eu, que acreditavam ser uma massa lisa de algum material compacto, observem: são como pequenos quadradinhos de pedra sabão formando um mosaico. Esta foto é de uma porta que fica na lateral direita do Cristo, por onde se sobe para fazer reparos (dái já dá para ter uma ideia do tamanho desta beleza!
As lanchonetes que ficam no primeiro e segundo piso também não aceitam qualquer cartão, débito ou crédito, além de serem um antigas, com prateleiras vazias. Achei um pouco abandonado, descuidado, não é um antigo histórico, bonito de se ver, é um antigo de ultrapassado.
Compensa por esta vista:
Realmente ir ao Pão de Açúcar depois do Cristo é como ir às ruínas do Valle Sagrado depois de Macchu Picchu. A visão do Pão de Açúcar é uma preparação para o Corcovado e foi excelente a decisão de ir apenas no último dia.
Seguimos para o Jardim Botânico, como estavamos de jejum fomos direto ao café, comemos um pão de queijo muito saboroso com café e seguimos na aventura ecológica. Uma dica no Jardim Botânico: pegue o mapa que fica fora da entrada, neste casarão. Esquecemos de pegar e foi difícil localizar as fontes devido ao seu tamanho.
Durante a caminhada, o esposo pergunta: E cadê os bichos?! Prontamente respondo: Amor, é jardim botânico e não jardim zoológico! – Ah não gostei (bico). Realmente é programa para quem deseja um momento de paz, tranquilidade, ar fresco, silêncio, ladeado e quase coberto por árvores maravilhosas e centenárias.
Talvez ainda possa cruzar com um bichinho assim
Ou se lembrar do Jardim Japonês em Buenos Aires. Combinamos com um casal de amigos para almoçar no leblon e pedimos a um taxista para nos deixar bem no início. Fomos caminhando pelo Leblon, bairro agradabilíssimo e muito movimentado, cheio de lojas e lugares interessantes. Isto além das floriculturas e orquídeas nas árvores que, por um momento, nos fazem esquecer que estamos em uma cidade grande.
Almoçamos no Delírio Tropical, já em Ipanema. É uma mistura de comida a quilo com buffet, muito interessante e saboroso. Escolhi uma porção de salada e um salmão defumado com molho pesto que estava divino! O esposo pediu um crepe de frango que também estava muito bom, e barato para os padrões da Zona Sul, recomendo muitíssimo. No site tem os preços, para uma excelente refeição leve por menos de R$30,00.
Fomos comer a sobremesa no Café da Livraria da Travessa, o que não faz jus a este nome, já que mais se parece um restaurante. O bolinho de laranja estava entre os melhores que já comi, muito molhado com uma calda quente…
Para não perdermos o costume, nosso amigo nos levou a um lugar certamente muito difícil de ser conhecido por turistas comuns, a Belgian Beer, uma pequena loja de cervejas belgas, onde se encontra muitos apetrechos para quem gosta da bebida, de taças a descansadores de copos (por 0,50). Provamos a Chimay, bem forte com muito aroma, diferente da Liefmans, de frutas vermelhas e que mais parecia um suquinho…
Fomos a pé até o Arpoador, onde alugamos duas bicicletas, por R$25,00 cada, e rodamos até o Copacabana Palace. É possível rodar toda a orla, de Copacabana ao Leblon de bicicleta, com ciclovias que possibilitam a mais barbeira como eu passear e se divertir bastante. Há bicicletas muito mais baratas, como as da Move Samba, porém necessitava de cadastro, que pode ser efetuado neste site http://www.mobilicidade.com.br/. Como tinhamos exatas 2 horas até nosso vôo, alugamos em uma loja privada mesmo.
Após a pedalada fomos ao Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, bem na ponta entre o Arpoador e Copa. Pagamos R$4,00 e tivemos esta vista do bairro, com direito a gaivotas
Lá está a única filial da Colombo, com um serviço um pouco melhor. Muito bonita, agradável, vale o passeio. Há estacionamento para as bikes e para carros e motos também, dentro do forte.
Voltando para o Arpoador a pé para buscar as malas fomos agraciados por flores, gatos…
E uma despedida de partir o coração: O por do sol no morro que nos fez companhia todos estes dias. Várias pessoas assistindo, depois de um fim de semana de muita chuva, o sol aparece e nos lembra que sempre esteve ali, esperando apenas o momento para dizer adeus.
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