Para os aficionados por boa comida e excelentes vinhos, há uma opção infalível em Montevidéu: passar o dia conhecendo as vinícolas que produzem especialmente com a difícil Tannat. Alugamos uma van com motorista e em menos de 30 (trinta) minutos de Pocitos chegamos à Juanicó. Uma casa de fazenda muito bonita, com uma sala incrível e janelão para as vinhas. Esta foto foi tirada de uma das barricas de carvalho.
Provamos alguns vinhos, mas nenhum espetacular. O local de degustação era bonito, mas me pareceu um pouco descuidado, mesmo estando apenas nós para realizar a prova.
Logo em seguida fomos conhecer a BOUZA BODEGA. Uma vinícola que se autodenomina Boutique, já no caminho de volta a Montevidéu. Reservamos o almoço e não nos arrependemos.
Logo na entrada, uma criação de cordeiros incríveis. Não conhecia esta raça e, por serem muito fofos, dá uma certa dor no coração saber que um deles estaria em nossa mesa logo mais.
Há várias atrações na Bodega Bouza, de museu de carros antigos a um lindo jardim com sombreiros, da visita completa às etapas de produção, vinhedos e maquinários, até o excelente restaurante.
Decidimos começar logo pelo almoço. Delicioso, valeu cada centavos! Experimentamos bons tintos e brancos no almoço acompanhando as entradas.
Para o prato principal de cordeiro o especial – Monte vide eu, uma verdadeira festa para a boca! O próprio cordeiro, impecável, vinha com molho de Tannat.
Após deixarmos alguns dólares na lojinha e carregar algumas garrafas dos maravilhosos vinhos da Bouza (incluindo, é claro, o Monte vide eu), decidimos fazer a visita básica às etapas de produção. Foi uma desculpa para simplesmente não deitar em um dos bancos do jardim ou largatixear embaixo dos sombreiros. Nada de novidade na visita propriamente dita. Para quem nunca fez uma visita destas, compensa.
Já chegamos à tarde em Montevidéu, a tempo apenas de visitar o Shopping Punta Carretas, bem perto do hotel. À noite fomos jantar no restaurante Ricci, também a uma quadra do Hotel em um lindo casarão e funciona aos domingos (embora estivesse vazio). Subimos e na entrada pedimos especialidades de frutos do mar, muito saboroso.
E eu fui de risoto negro com camarões, que não estava tão bom assim, na verdade estava doce e este arranjo (cabeça de baiana) não ajudava muito o prato.
E relembrando esta viagem com grandes amigos e a nossa volta para o hotel, veio aquele ar que Juan Carlos Onetti revelou (A Vida Breve):
“Tentava ser a Gertrudis precedente e situá-la na esquina de Montevidéu, num mês em que lhe fosse possível respirar, no ar simples da cidade, a promessa dos meses de férias, o campo, os almoços à beira do riacho, os amigos que se esperam, as cartas por receber e responder.”
2 Comentários
Luciana
21 de janeiro de 2013 em 01:53Oi, estou indo para Montevideo e queria saber se você tem o contato da van que você alugou por la. Obrigada, adorei suas dicas!
Nivia Guirra Santana
21 de janeiro de 2013 em 02:00Olá Luciana, infelizmente fiz esta viagem em 2009, muito antes de ter o blog e por isso não tenho mais o contato. Porém, posso dizer que o transfer nos foi indicado pelo Hotel Regency Golf. Espero que conheça, é um excelente passeio!