Continuamos com a Maratona Salvador Week para os últimos dois restaurantes do Centro Histórico de Salvador (escolhi a região do Comércio, Av. Contorno e Centro). Não foram visitados apenas o Lafayette e Mercearia de Todos os Santos – se alguém foi, me dá a nota.
La Figa
Na quarta-feira fomos conferir o La Figa. Instalado bem no centro do Pelourinho, próximo à Igreja de São Francisco, de fácil e seguro acesso. É um pequeníssimo restaurante, com poucas mesas internas e algumas na rua. Vi o cardápio normal e achei os preços bem acessíveis, com massas caseiras variando de R$20,00 a R$ 30,00, certamente vou voltar.
Estava acompanhada novamente com a querida amiga (que foi ao Ercolano), pedimos as duas entradas e pela primeira vez o garçom entendeu que gostaríamos de compartilhar. As próprias entradas ajudam a divisão. A primeira, Bruschette La Figa, bem básica, quase dispensável, exceto pela mussarela de búfala que estava ótima.
A segunda, chamada Magia de Couvert, apesar do nome pomposo, na verdade era uma tábua de frios, com destaque para um irrepreensível pimentão em conserva (eu não sou fã de pimentão, mas estava ótimo) e para o patê também de pimentão, combinando perfeitamente com os pães servidos.
Em seguida, minha amiga foi de Filé Taverna Paradiso, com foie Gras, pimenta rosa e fettuccine, muito gostoso. A pimenta rosa me pareceu dispensável, mesmo porque, aparentemente, foi colocada apenas no final. Para quem não aprecia, seria prudente pedir para não colocar, o que não atrapalharia o sabor, acredito.
Eu fui de Spaghetti Porto Fino, apenas um espaguete com molho pesto, nada surpreendente. Achei um descompasso entre os pratos, o primeiro muito elaborado, cheio de sabores, enquanto o segundo uma massa comum. Enfim…
No canto direito do restaurante há um balcão com diversas tortas doces que saltam à vista. A sobremesa era um mix destas tortas e adoramos a maioria delas, algumas surpreendentes, como o bombom de sucrilhos com chocolate branco, outras comuns mas espetaculares, como a de chocolate com nozes e brownie. O garçon só não nos serviu a outra sobremesa, que seria a torta de limão maracujá, mas com a barriga tão cheia, deu preguiça até de reclamar.
Vale a pena retornar até para tomar um café e provar mais destas delícias.
PS- surgiu uma divergência sobre este post. Minha amiga afirma que nós provamos a torta de maracujá, que seriam estes dois pedacinhos que estão logo acima. Porém, continuo discordando, já que seria muito dispare a primeira sobremesa ter 09 pedacinhos de torta e a segunda apenas 02. Acho que realmente esqueceram de servir a segunda sobremesa.
Oui
Para finalizar a maratona escolhi um restaurante que está na lista de favoritos – o francês OUI. Conheço há alguns anos os seus deliciosos suflês, risoto de frutos do mar e ótimo filé ao poivre. No cardápio apenas opções que ainda não tinha provado, com excelente companhia, minha irmãzinha, que também entrou com vontade na maratona.
Ela foi de Créme d’oignon, a famosa sopa de cebola francesa, muito rica e saborosa. A quantidade parece pequena, porém como é muito condimentada e forte, vem na quantidade certa para uma entrada.
Eu fui apresentada ao Voul au Vent de Crevettes au Champagn, na verdade um pequeno folhado (que estava um pouco solado) com um inesquecível molho de champanhe e camarão. Fiquei imaginando este molho em uma posta alta de qualquer peixe ou marisco grelhado. Um desperdício nesta massa solada.
A irmã foi de Sole au Basilic, dois filés de linguado com molho de tomate, parece ter sido cozido ao vapor e estava razoável, quase bom… Não sei se faltou tempero ao peixe ou se o molho de tomate estava muito trivial, o fato é que faltou algo de impacto.
E impacto é o que esta Palette D’Agneau tinha de sobra. Uma deliciosa paleta de cordeiro, assada lentamente, com um molho na medida certa e um purê de batatas brilhoso e macio (parece característica de tecido, mas era o purê). Perfeito! Nada além disso.
Para finalizar o banquete, a irmã foi de Pêra ao molho de laranja. Saboroso, mas a laranja poderia estar mais pronunciada, na verdade só descobri que tinha laranja ao olhar no cardápio.
O merengue de morango foi a grande decepção do dia. Um creme de confeiteiro comum, com uma massa de biscoito e uma geleia que não era doce, nem azeda. Dispensável. Em comparação com o cordeiro, melhor devolver a sobremesa.
Fiquei por aqui, com o cumprimento das promessas – felicidades e quilos! E ano que vem tem mais!
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