Acordamos não tão protegidos do frio, estava fazendo 16 graus, porém um início de sol animou a tão esperada caminhada no centro histórico de Lima.
Antes provamos o café da manhã do hotel, com várias comidinhas diferentes como caldo ou sopa de um cereal andino muito doce, um pouco enjoativo.
Sopa de quinoa, Lima, Peru
Também provamos um omelete feito na hora pelo Chef.
Fomos ao Parque Kennedy para pegar El Mirabus um ônibus turístico de andar. O passeio ao centro histórico com as entradas ficava por 70 soles, cerca de 44 reais por pessoa. Achamos caro e decidimos ir por nossa conta, depois de apreciar a limpeza e o cuidado dos limenhos com seus animais. Olha a placa do Parque Kennedy:
Plaza dos gatos, Miraflores, Lima Peru
Lá vivem mais de 100 gatos, porém, no momento que passamos haviam poucos, provavelmente pelo horário. Ao contrário do que se poderia pensar, a praça não tem qualquer odor desagradável, já que há desinfecção diária.
Pegamos então um táxi metropolitano (autorizados pela Prefeitura) que nos cobrou 12 soles, cerca de R$ 7,50. Chegamos na Plaza de Armas e a maravilha da arquitetura hispano-peruana se mostrou sem pudor. Os entalhes de cedro da nicarágua nas varandas
Centro Histórico, Lima, Peru
A beleza da Catedral em Marmore Rosa
Preciosidades do Centro histórico Lima, Peru
Todas as ruas tem o nome e a explicação, algumas hilárias
Será que não havia algo mais óbvio?
Na Igreja de São Francisco vimos a imponência do ouro e as catacumbas com mais de 26 mil ossadas de populares de Lima.
Interior da Igreja de São Francisco, Lima, Peru
Lá não se pode tirar fotos ou filmar, porém da Igreja temos alguns calabouços abertos em que se pode ver um pouco das catacumbas.
Humor negro é isso aí, o resto é piada sem graça…
Não é aterrorizante, porém algumas pessoas recusaram-se a entrar.
O passeio na Igreja de São Francisco é pago, 7 soles, cerca de R$4,0, porém só é permitido adentrar com guia e a explicação é cansativa, assim que saímos das catacumbas, interrompemos as excursão pela Igreja e corremos para ver a Troca da Guarda no Palácio do Governo que acontecia exatamente naquele horário – 12horas.
Igreja de São Francisco, Lima, Peru
Em verdade não vimos troca da guarda, provavelmente chegados tarde ou saímos antes da troca acontecer, mas, de qualquer forma, foi divertido ver a banda com roupas de guarda inglês tocando músicas marciais, típicas e até populares.
Lindo e preservado centro histórico de Lima, Peru
Resultado do passeio no centro – 31 soles, ou R$18,00 (taxi ida e volta e visita guiada na Igreja de São Francisco). Dicas importantes: Há poucas casas de cambio no centro, porém existem homens com coletes amarelos que fazem cambio, o valor é desfavorável, mas para uma emergência…
Do centro histórico fomos ao Museo Larco que contém a maior coleção de artefatos pré-colombianos do mundo, alguns com mais de 3.000 anos. Almoçamos no restaurante anexo ao museu antes de fazer a visita. Lá tem uma loja da H. Stern mas não tive “tempo” de fazer umas comprinhas.
Comemos mais uma espécie de milho diferente, esse um pouco mais duro
1001 milhos em Lima, Peru
Ceviche de entrada para variar, este um pouco mais ácido e parecido com o nosso.
Ceviche em Lima, Peru
Para o marido – Lomo saltado com Tacu Tacu
Lomo saltado com Tacu Tacu, Museu Larco, Lima Peru
E para esta que vos fala espaguete com camarões e molho de ají (espécie de pimenta-pimentão não muito picante).
Espaguete no Museu Larco, Lima, Peru
Tomamos pisco sour, água e café. Total da conta: 160 soles, cerca de R$ 100,00.
Nas dependências do hotel conhecemos um típico cachorro peruano, tido como de origem pré-histórica, não sei se dá para perceber na foto, mas ele não tem pelos, nem uma pequena camada, parece um couro áspero com um pimpão na cabeça. Os raros pelos existentes estão espalhados ao longo do corpo, muito engraçado e manso.
Cachorro andino, Museu Larco, Lima Peru
A coleção do Museu Larco é muito extensa e surpreendente, principalmente a galeria de arte erótica que apresenta os hábitos sexuais das civilizações andinas antigas, como, por exemplo, a idéia de que os mortos também praticavam sexo. Fiquei tão estupefata que esqueci de tirar fotos…
Máscara, Museu Larco, Lima Peru
Os jardins também são lindíssimos, onde está uma loja de Alpaca e onde fui informada que voltaria sem uma peça de vicunha ou de qualquer outra coisa que não seja alpaca ou llama. As peças de vicunha, lã mais nobre, custavam a bagatela de 1000 soles, ou seja, R$630,00 um poncho.
O Museu Larco fica em Pueblo Libre, um pouco longe do centro. O ingresso é um pouco salgado 30 soles, cerca de R$19,00 mas vale a pena, com certeza.
Saímos do Larco e retornamos a Miraflores para conhecer o Parque del Amor. Em verdade não seria exatamente um parque, mas uma parte da orla com bancos e balaustradas inspiradas no Parque Guell de Gaudí em Barcelona.
Parque del amor, Miraflores, Lima Peru
Lá está a estátua monumental El Beso do artista peruano Victor Delfín. Realmente bonita.
Estátua El Beso, Parque del amor, Miraflores, Lima Peru
A vista do Parque também é espetacular. Gosto particularmente destas orlas furiosas em que as ondas parecem que vão destruir as rochas. Aqui tem a pista para atrapalhar, porém não perde a sua beleza.
Vista das falésias, Parque del amor, Miraflores, Lima Peru
Seguimos a pé até Lacomar, um shopping construído em uma falésia. A construção é admirável pelo lugar inóspito, porém, é apenas um shopping. Não ficamos muito tempo, mas a caminhada foi boa para vermos como a orla é limpa, organizada, cheia de policiais e guardas municipais. Bom exemplo para Salvador!
Restaurante no mar, Parque del amor, Miraflores, Lima Peru
A orla é uma lição de como se oferecer lazer à população, há instrumentos públicos para todos os gostos, quadras de tênis, volei, futebol, academia, tudo muito conservada. No centro vemos alguns prédios abandonados, especialmente nas ruas mais afastadas da Plaza de Armas.
Tentamos ir ao bairro de Barranco a pé, porém há uma fissura enorme na falésia o que resulta em uma curva maior ainda que teríamos que atravessar. Como começou a anoitecer e o frio a incomodar pegamos um taxi pelo módico preço de 5 soles, ou seja, R$3,00 (nunca mais digo que taxi em Buenos Aires é barato!).
Vista do Lacomar Shopping, Lima, Peru
Lá vimos a Puente de Los Suspiros e descemos a Bajada de Los Baños, uma rua estreita ladeada de restaurantes e que desemboca na orla. Bonito, mas não essencial.
Retornamos para o centrinho do bairro, mas nada mais se mostrou interessante, talvez por ser um bairro boêmio e sem muitas atrações na segunda . às 20horas estavamos prontos de corpo, alma e melhores roupas para conhecer o restaurante Astrid y Gastón.
Onde fomos agraciados por diversas cortesias, como estas gavetinhas de doces (ai, que arrependimento de ter pedido sobremesa).
Doces do Astrid e Gaston, Lima, Peru
Ganhador da noite: mixto de frutos do mar do marido! Voltamos para o hotel serelepes como uma sucuri depois de comer um boi. Conta: 330,00 soles, cerca de R$200,00 reais. Para quem achar caro, uma nota: É considerado um dos 3 melhores do Peru.
Restaurante Astrid y Gastón, Miraflores, Lima Peru
Pouco tempo para conhecer Lima, ver os hábitos das pessoas,comer os quitutes vendidos na rua, passear sem compromisso, conseguir fotos dos gatos do Parque Kennedy, pelo visto terei que voltar…
1 Comentário
Hotéis para Lima, Cuzco e Águas Calientes, onde ficar - Viagens Invisíveis
29 de janeiro de 2019 em 21:04[…] central do bairro de Miraflores, próximo da Huaca Pucllana e de restaurantes badalados como o Astrid e Gastón, do chef Gastón Acurio. Fizemos esses passeios à pé, até a orla, com vista para a famosa escultura do […]