3 Em Franschhoek

Franschhoek e mais Rota dos Vinhos da África do Sul – Parte 02

Em Franschhoek há algumas formas de se locomover entre as vinícolas, principais atrações da pequena cidade: carro, transfer, trem do vinho, bicicleta e até a pé. 
Sim, algumas propriedades estão tão próximas do centro da cidade que é possível conhecer com uma caminhada rápida. E assim começamos.
 
Saindo da pousada e seguindo um mapa que encontramos na pousada e em algumas vinícolas – Franschhoek Wine Valley – nos deparamos com uma visão hollywoodiana bem particular e com o início dos vinhedos. 
 
Subindo uma avenida próxima ao centro, Uitkyk Street, que pode ser vencida com coragem, chega-se facilmente, com um pouco de suor, a duas vinícolas. 
 
Este trajeto também é feito a bordo do trem do vinho, que custa cerca de R$35,00 por pessoa, percorre três excelentes vinícolas, além de outros pontos de interesse e pode ser uma opção para economizar com transfer ou para quem não quer atividade física, apenas etílica.
 
Primeiro a Chamonix.

Ainda estavam descarregando as uvas da última vendímia. 

Todas as vinícolas que conhecemos nos forneceram um papel com informações básicas, como quais os vinhos disponíveis para degustação, valor da garrafa, blend, tempo de maturação, etc. Achamos ótimo, já que não precisamos ficar perguntando desnecessariamente. Visitamos wine tastings na Argentina, Chile, Portugal, Uruguai e não tínhamos visto uma ideia tão simples e prática como esta.
 
Ambiente rústico, atendimento tranquilo e muitos vinhos premiados. Provamos um Pinot Noir Reserve 2011 notável (R$55,00), o qual, pela pequena produção, só é oferecido para venda uma garrafa por pessoa, sem barganha.  

Vencida outra ladeira, menor e mais íngreme, chegamos à Dieu Donné

Bem diferente da Charmonix, mais sofisticada e mais cheia, porém sem nenhum vinho que nos tenha despertado grande interesse. O visual compensa qualquer deslize neste quesito. Esta é conhecida como a vista mais bonita de Franschhoek.

O local estava cheio de turistas, especialmente europeus de meia-idade.

Mais uvas sendo descarregadas. 

O passeio terrestre acabou e ficamos de encontrar nosso transfer no estacionamento para mais duas vinícolas. Qual foi  nossa surpresa ao encontrar duas senhoras muito simpáticas de mais de 70 ao volante. O filho delas, nosso motorista, teria atrasado e elas nos levariam até a próxima visita. O passeio de menos de 15 minutos foi divertidíssimo.
Não fosse a fome, ficaríamos um pouco mais com a deliciosa companhia.

O almoço, ou melhor, o banquete, foi na La petite ferme
Entradas
Entrada de camarão, que merecia repeteco!
A minha carne estava perfeita!
Crème Brûlée irretocável
E tudo isso por R$157,00 o casal, com bebidas e 10%.

 
 
Jardim convidativo, com direito a noivinhos almoçando com seus convidados na grama.

E no final, algumas comprinhas na loja, perfeita para coisas de casa, afinal não podemos viver só de vinhos, ou podemos? 🙂


E por falar em vinhos… A casa tem alguns muito bons, em especial o Shiraz 2011 (R$33,00). Resumo: La petite fermé é parada obrigatória em Franschhoek!
 
Quando pensamos que não havia mais nada à altura, fomos à La Motte.
A La Motte pareceu-me bem maior, logo na entrada é possível passear entre as uvas. 

Ou fazer um piquenique no jardim
 
Ou fazer a degustação no suntuoso wine tasting. 
Ou simplesmente ver a vida passar em frente à lagoa.
Os vinhos são bons, mas não provamos nenhum notável, vale a visita pela beleza do local. Valeu a pena trazer um Salvignon Blanc honesto, por inacreditáveis R$ 14,00.
 
E não é que Franschhoek ainda iria nos surpreender mais?! Sim, é possível!
 
Por indicação de Bladley, que às 16:30 ainda acreditava ser possível ir a mais uma, fomos à Grande Provence, onde provamos os vinhos mais incríveis, como o Shiraz 2008 (R$33,00) e o The Grande Provence (R$80), com Cabernet Sauvignon 40%, Merlot 60%, redondíssimo, um vinho realmente especial. Vontade de levar várias garrafas para casa.

O ambiente era mais moderno e informal, mas a qualidade dos vinhos, excepcional. E a atendente ainda fez a gentileza de “esquecer” a garrafa em cima do balcão, para que ficássemos à vontade. Resultado: todos saímos com pelo menos três exemplares…

Olha o resultado:
 
Dicas para uma visita etílica em Franschhoek:
  • Há um mapa da municipalidade de Franschhoek que pode ajudar a entender a geografia do lugar em http://www.franschhoek.co.za/map04.html.
  • Em todas as vinícolas de Franschhoek, ao comprar uma garrafa, não pagamos a degustação. 
  • Não pagamos excesso de bagagem ou tivemos qualquer tipo de problema em trazer 26 garrafas de vinho. 
  • As taças de cristal também são baratíssimas e em algumas vinícolas eles embalam, média de R$ 5,00 por taça e ainda vem com o nome da vinícola, um charme. Trouxemos na mão e valeu o esforço, nenhuma quebrou.
  • A maioria das vinícolas tem pousadas e restaurantes, vale a pena ficar em uma delas. Eu não consegui vaga, então tente com antecedência.
  • Quem nos levou e nos indicou a Grande Provence: Bradley Garrod, bradleyg@tiscali.co.za Cel: 083 751 4060 e 071 748 6241.

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3 Comentários

  • Responder
    Camila
    4 de maio de 2016 em 22:15

    Oi, gostei muito do seu post, parabéns! Minha dúvida é como você trouxe 26 garrafas? Eles tem alguma embalagem própria?

    • Responder
      viagensinvisiveis
      6 de maio de 2016 em 11:17

      Olá Camila, eles até possuem caixas e embalagens próprias com plástico bolha, mas elas ocupam muito espaço e eu não queria mais uma mala. Então, como em todas outras viagens de vinho que diz, trouxe enrolada nas roupas, dentro da própria mala. Sei que há o risco de quebra de alguma garrafa, mas tomo o cuidado com os gargalos, ocupando bem os espaços entre uma garrafa e outra com roupas bem macias. Nunca tive problema, obrigada pela visita!

  • Responder
    A rota do Chianti na Toscana, Itália - Viagens Invisíveis
    27 de agosto de 2019 em 21:55

    […] percorrer rotas de vinhos. Estivemos em Mendoza e Cafayate na Argentina. Visitamos as vinícolas de Franschhoek, Paarl e Stellenbosh na África do Sul. A lindinha Carmelo no Uruguai e recomendamos 05 vinícolas […]

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