No dia seguinte, no hotel mesmo, alugamos um carro pequeno (quase não coube as quatro enormes malas) e fomos para Sintra. Depois de nos perder quase duas vezes na rodovia, que não explicava muito bem a entrada para a estrada que levava à Sintra, encontramos o caminho. Está a 28 quilômetros de Lisboa segundo Fernando Pessoa, isto mesmo, o poeta, no livro “Lisboa – o que o turista deve ler”.
Iniciamos por uma linda fonte que fica logo na entrada da cidade, de lá fomos para o Palácio Nacional da Vila ou Paço da Vila de Sintra.
Sintra é uma cidade grande, para os padrões de Portugal, com 400 mil habitantes, porém o seu centro lembra típica cidade de interior, no que chama a atenção a quantidade de castelos avistáveis do centro. Temos este lindo exemplar rosa pálido a Casa dos Penedos
O castelo dos Mouros
Uma volta no centro de Sintra e logo paramos para comer uns travesseiros e queijadinhas na Piriquita (doces de ovos que possuem a mesma receita desde 1862). Em uma entrevista a uma revista local a proprietária da Piriquita – Leonor Cunha – explica os principais problemas de Sintra
Quais são, para si, os principais problemas do concelho? Vou falar da realidade que me é mais próxima: o centro histórico.
Sinto muita pena de ver os prédios desabitados. Eu que vivi este centro a fervilhar de vida. E depois, o problema de estacionamento. As pessoas não têm onde estacionar.
É mau para o negócio, portanto?Pois claro que é!!
Ai que falta de saudade de Salvador…, onde o problema do centro histórico não está nos prédios desabitados, mas derrubados ou em vias.
Seguimos para o Palácio da Pena, o único que adentramos.
Detalhe dos azulejos da parede de uma das entradas
Não é propriamente um castelo luxuoso, porém é muito interessante pois possui mobiliário e objetos da época. E como não poderia deixar de ser, é o poeta quem dá a descrição perfeita de Sintra – “Alguns minutos mais e é Sintra que aparece (…) umas vezes envolta num fino véu de neblina, banhada, outras vezes, num grande esplendor de luz.”
Seguimos para Óbitos, a cidade medieval murada. Estacionamos o carro fora da muralha, pois somente é permitido aos moradores adentrarem na vila.
E o sortudo que vive em Óbidos.
O castelo, que percorremos apenas por fora, desde os anos 50 é um hotel (no dia em que visitamos, inclusive, estava retirando equipamentos de um evento ocorrido no local).
Fizemos um lanche nesta rua, em um pequeno estabelecimento que só servia Chouriço, Pão e Queijo, mas tudo muito bom!!
Na época não tinha nem a ideia de ter um blog, então não me preocupei em anotar o nome, se não fosse este cantinho de placa da foto acima, não teria como descobrir que se trata do Ibn Errik Rex, um pub em estilo medieval. Sentamos exatamente nesta mesa , próxima à porta. (foto obtida neste site).
Não tomamos Ginja, mas vinho e seguimos para o Porto já no anoitecer. Em Porto ficamos no Hotel Sheraton Porto, onde encontramos uma promoção pelo site oferecendo diárias a inacreditáveis 70 euros!! Reservamos na hora! E olha o luxo do quarto!
Ao sair para jantar, o “automóvel” que um colega de hotel deixou na porta:
O Hotel tem a fachada toda de vidro e até o elevador é panorâmico. Sobe-se para o quarto apreciando a beleza de Porto. Realmente único. À noite fomos para o Cais da Ribeira, de onde se tem a vista mais emblemática do Douro e de Vila Nova de Gaia.
Bem em frente a esta visão, jantamos no Restaurante D. Tonho.
O nome aparentemente coloquial, na verdade é de um restaurante muito elegante em um dos prédios históricos da Ribeira. Fomos de Arroz de Camarão.
O nome aparentemente coloquial, na verdade é de um restaurante muito elegante em um dos prédios históricos da Ribeira. Fomos de Arroz de Camarão.
1 Comentário
GIUSEPE DI PRIMIO
13 de julho de 2019 em 13:18Olá, achei interessante seu roteiro. Estarei em Portugal agora em setembro e estou pensando fazer o mesmo: sair de Lisboa em direção a Sintra passar a manhã, depois ir a Óbidos e finalizar o dia em Porto. Mas estou achando que vai ser muito corrido. O que você me diz?