0 Em Cuzco/ Peru

Cuzco – primeiro dia – TARDE E NOITE

Almoçamos no fast food peruano Bembo’s, sou a favor da teoria contada por minha irmã: todas as vezes que se pensar em comer um Mc donald’s em viagem, some ao valor do lanche o valor da passagem e veja se compensa.
Acontece que não é todo dia que se pode comer um hamburguer com batata, ají (espécie de pimenta peruana), feijão e outras coisas que não soubemos ao certo. Definitivamente não é qualquer fast food.



Fomos então para o circuito: Tambomachay, Puca Pucara, Qenko e Sacsayhuamán.
 
Tambomachay era um templo de adoração da divindade água. É impressionante a engenhosidade dos Incas, porque não se consegue perceber de onde vem a água ou para onde vai, apenas somos brindados por uma fonte que existe há mais de 500 anos, sempre com seus dutos de água jorrando e passando por diversos canais.





Puca Pucara é mais simples, parece um mirante. Segundo o guia folha, era um local de parada, um posto militar. O que mais impressiona são as construções de salas e muros enormes.



Qenko é um conjunto de corredores e chincanas (labirintos). No centro há um altar com uma pedra muito gelada, provavelmente utilizada para sacrifícios de animais. O teto estava fechado para acesso, mas algumas fotos indicam que no cume da montanha há canais rochosos que serviam para fluir o sangue dos animais sacrificados.



No caminho entre estes templos, há mirantes incríveis, povoados rurais e casinhas com toritos no cume. Toritos são enfeites colocados no cume das casas, ouvi várias teorias sobre eles. O taxista nos informou que são colocados para dar boa sorte aos que vivem na residência, já uma brasileira que conhecemos no trem, Lorena, nos contou que o seu guia informou o valor histórico deles, já que serviam para identificar quem tinha sido envangelizado, distinguindo dos que ainda não estavam submetidos ao jugo colonial.



Enfim chegamos a Sacsayhuamán, na porta uma guía se ofereceu para nos acompanhar, seu nome é Hoxana e custou 30 soles, ou R$18 reais. Valeu a pena, pois ela nos contou em detalhes a formação do santuário, nos levou a lugares onde certamente não iríamos, como passar por grutas totalmente escuras e verificar o que era original e o que era restauração.


Olha a maravilha



Nos surpreendeu a informação de que a pedra de 12 ângulos não é a maior mostra da engenharia inca, já que existem pedras com até 18 ângulos. A fama da pedra de 12 ângulos aconteceu quando a cerveja Cusqueña a utilizou em sua propaganda e hoje estampa as garrafas.
As fotos não fazem justiça à enormidade de Sacsayhuamán, suas pedras de granito de até 5 metros e 350 toneladas. Em sua construção não há argamassa, sendo o encaixe perfeito das pedras a forma de construção. Percebe-se que não foi terminado, já que há pedras no chão praticamente prontas para serem colocadas, assim como determinados pontos em que não houve a total lapidação – as pedras geralmente são perfeitas, bem lisas. Indispensável!





As resbalosas ou escorregadores são estas pedras bem lisas que fazem parte de sacsayhuamán e são divertidas. A dica é molhar as mãos para que elas sirvam como freios e não se machuque na chegada.



Entramos por labirintos subterrâneos.




Hoxana nos informou que alguns muros eram bem mais altos, porém a própria população
utilizava as pedras nas construções de Cuzco, apenas comunicando à prefeitura, não existindo um controle ou preservação do sítio. Atualmente diversas casas de Cuzco têm em sua fundação pedras de Sacsayhuamán.
 
A boa notícia é que a preservação dos sítios é levada a sério, não se vê lixo, pichações ou depredações das ruínas, ao contrário, diversos pontos são proibidos de se tocar e estão protegidas por retenções lindas como esta:





Percebemos que a ordem foi perfeita, saímos de ruínas menos expressivas para a imponente Sacsayhuamán, como para nos preparar para o que iríamos ver.
 
Voltamos para Cuzco e demos uma volta até bairros um pouco mais populares, vimos crianças saindo da escola, com este uniforme





Tomamos também uma espécie de chá que é vendido no meio da rua em carrinhos. São panelas ferventes com ervas dentro e garrafas com líquidos de várias cores, pedi um mixto de todos e surpresa: era bom!
 
Às 20horas fomos jantar no restaurante Divina Comédia. É um restaurante de decoração medieval, meio kirst, com um atendimento um pouco precário. Tudo isso é relevado quando um rapaz e uma garota começam a cantar ópera!
 
A cozina também era boa, começamos com um cebiche parecido com o que comemos em Lima






Carne de Alpaca com molho de Ají



Sobremesa – creme brullé com uma frutinha vermelha que só tem aqui, parece com amora:


Tomamos um Chardonay Casa Lapostole de 2009 – muito bom. Total da conta: 199 soles, ou R$120,00, detalhe: só o vinho custava 80 soles, ou seja a comida gourmet é muito barata no Peru.

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