Passamos apenas dois dias em Culebra, mas foi o suficiente para conhecermos quase tudo o que a ilha oferece de mais legal. Mesmo com pouco tempo, podemos dizer onde comer bem em Culebra.
Como abril não é alta estação, que começa no final de maio, alguns lugares estavam fechados e outros em reforma. Os mais famosos estavam lá, nos esperando para tomar uma piña colada ou comer um mofondo.
Na ilha de Culebra parece um costume deixar o visitante dos restaurantes tenso. Isto porque todos os cardápios que vimos tinham apenas o preço das comidas e não das bebidas. Observando os moradores da ilha, parecem que os mesmos pedem sem perguntar o preço.
Nós não estamos acostumados a pedir as coisas sem saber o preço, então, a cada pedido de drink perguntávamos. Não foi muito legal, mas deu para ver que a média dos drinks é de U$8,00 e da cerveja de U$3,00 a U$7,00. Alimentação em média U$20,00.
Dá pra perceber que Culebra não será a sua viagem mais barata… Mas também não é nada muito assombroso, principalmente se compararmos com os preços dos EUA em geral, lembrando que Porto Rico é um estado americano associado.
Durante do dia conhecemos dois restaurantes muito bons, levando em conta uma ilha tão pequena:
- Mamacitas
Além do cardápio não possuir bebidas e seus preços, outra coisa em comum entre os restaurantes de Culebra é a entrada discreta, que mais parece de uma residência. Pode invadir sem culpa, logo adiante verá que é realmente um restaurante 🙂
O prato principal de Porto Rico é o Mofongo, uma massa frita feita de banana verde com farinha, que recebe o digno acompanhamento de um molho de peixe, camarão ou outros frutos do mar. Os pratos custam um pouco menos de U$20,00 e o atendimento não é o melhor da cidade.
Uma coisa interessante é que os dois restaurantes, Mamacitas e Dinghy Dock, estavam instalados em uma casa, cuja varanda era um píer. Então parte da diversão foi ver os barcos de moradores indo e voltando, trazendo as compras de mercado, do trabalho. E os enormes peixes que ficam esperando ração, que as os funcionários jogam dos restaurantes.
De qualquer modo, eu gostava mais de ficar na superfície, flutuando na tranquilidade que há depois da arrebentação, olhando para a praia branca e suas palmeiras e mergulhando de vez em quando para observar Yeamon lá embaixo, em outro mundo, deslizando pelo fundo do mar, como se fosse algum tipo monstruoso de peixe.
Rum: Diário de um Jornalista Bêbado. Hunter S. Thompson
Onde fica: 64 Castellar Street, Culebra, 00775, Porto Rico
Site: http://www.mamacitasguesthouse.com/
Aberto todos os dias das 8h as 11h para café da manhã, das 10:30 às 16h para almoço e das 18 às 9h30 para o jantar.
- Dinghy Dock
Nos indicaram o Dinghy Dock como um dos melhores restaurante de Culebra. Ele está um pouco mais afastado do centro, mas como tudo na ilha, não é longe.
Achamos a comida do Mamacitas mais elaborada, mas gostamos mais do atendimento e do bar do Dinghy Dock.
Os preços são praticamente os mesmos da Mamacitas, tanto para bebidas, quanto para comida.
Onde Fica: Logo no início da
.Site: não tem
Funciona das 11h às 23h todos os dias.
- Zaco’s Tacos
Só passamos uma noite em Culebra, mas vimos tantos comentários locais sobre o Zaco’s Tacos, que decidimos conhecer. Como nos outros dois restaurantes acima, a fachada decepciona. Cheguei até a pensar em sugerir que fôssemos procurar uma pizzaria , mas decidimos entrar. Ainda bem!
Depois de passar pelas duas portas, chegamos a um deck de madeira, mas ao invés da vista para o rio, tinha um lindo quintal, cheio de plantas e iluminado graciosamente. Poucas vezes me senti tão à vontade em um lugar. Desculpa as fotos, é que o lugar é bem escuro.
A comida é mexicana e os preços são mais em conta do que no Mamacitas e Dinghy Dock, cerca de U$12,00 o prato e U$5,00 a cerveja. Os taquiles estavam ótimos.
Onde fica: 21 Calle Pedro Marquez, Culebra, Porto Rico
Site: http://zacostacos.com/
Aberto todos os dias das 12h às 9h. Sim, tudo fecha cedo em Culebra.
Voltamos com nosso carrinho de golf pelas ruas desertas e embora fosse apenas dez horas da noite, havia uma brisa fria e apenas alguns sons, um cachorro latindo, duas pessoas conversando na porta de casa, uma moto estacionando. Sons que distinguimos mais pelo silêncio ao redor do que pela altura do ruído.
A calma da noite de uma cidade de interior em confronto com o barulho dos corpos dentro das casas coloridas de Culebra.
Sons de vida e movimento, de pessoas se aprontando e pessoas desistindo, o som da esperança e o som da insistência e, por trás de todos eles, o tique-taque silencioso e mortal de mil relógios famintos, o som ermo do tempo passando na longa noite do Caribe.
Rum: Diário de um Jornalista Bêbado. Hunter S. Thompson
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