Às segundas a grande maioria dos museus na Cidade do México estão fechados, os monumentos arqueológicos, entretanto, estão abertos todos os dias da semana. Ver as pirâmides, é uma excelente opção!
Para chegar a Teotihuacán, que está a 47km da capital, pode-se comprar um tour privado ou combinar ônibus e metrô, o que fizemos. Após a chegada na estação de Metrô La Raza, bem em frente ao terminal rodoviário, o terminal 08 vende as passagens de ônibus que saem de 15 em 15 min (47,00 pesos, cerca de R$8,50). O ônibus leva em torno de 01 hora para chegar, já que é do estilo comercial, com várias paradas, o que é muito interessante: até um cantor com violão e flauta cantando boleros adentrou.
Chegamos em Teotihuacán pelo portão 01, o mais distante das pirâmides. O ideal seria descer no portão 02, ou no 03 logo em frente ao Palácio. No portão 1, está a chamada Avenida dos Mortos, e demonstra o caráter da cidade que chegou a abrigar 125 mil pessoas, merecendo o nome que significa “lugar onde os homens se tornam deuses”.
São alguns quilômetros de pirâmides menores, na chamada “avenida dos mortos” até chegar na Pirâmide do Sol, uma das maiores do mundo, concluída no Séc. 2º, com adobe e terra, coberta com pedras e cascalhos. Os arqueólogos acreditam que a pirâmide era colorida com algum tom forte, como o vermelho. É possível que fosse mais esplendorosa do que isso?
Adiante está a pirâmide da Lua, que é um pouco menor, porém, pela inclinação do terreno, acaba da mesma altura. A visão de cima da pirâmide da Lua é incrível, já que se pode ver praticamente toda cidade.
Ao lado está o Palácio Quetzalpapalotl, com aves-borboletas cravadas em seus pilares e diversos murais coloridos.
Estas aves mitológicas, tinham no olho incrustada uma peça de obsidiana, pedra negra, vulcânica, que, ao ser polida, fica muito brilhante.
Estes murais estão na sala do Jaguar e são muitos.
Logo na porta do palácio há a representação de uma serpente enorme, vigiando o pórtico, como iriamos encontrar várias destas em outras ruínas de Uxmal e de Chichén Itza.
Os teotihuacanos eram totalmente primitivos em ferramentas, não tinham a roda, por exemplo. Olhar para estas pirâmides, nos faz pensar no que Octavio Paz disse “Mesoamerica muestra, uma vez más, que uma civilizacion no se mide, al menos exclusivamente, por sus técnicas de producción sino por su pensamiento, su arte y sus logros morales e políticos”.
A cidade de Teotihuacán ficou soterrada até 1840, não sendo encontrada sequer pelos espanhóis, durante a conquista, permanecendo até hoje.
Será que não nos medimos demais por nossas conquistas tecnológicas e esquecemos a elevação intelectual, ética e artística como pontos igualmente importantes?
Seguimos para Xochimilco, do outro lado da cidade. Aviso: não façam isso! É muito distante e levamos mais de 2h para chegar. Reservem Xochimilco para um dia mais tranquilo.
Xochimilco é um conjunto de canais construídos pelos astecas para a plantação. Se conhece alugando uma destas trajineras coloridas.
Pechinche, negocie. O barqueiro queria cobrar 350 pesos por pessoa, mas já tinha visto que era por trajinera, então depois de negociarmos bastante, saiu por 400 pesos, os dois. Segundo o marido, se insistíssemos mais, levaríamos até a trajinera para Salvador.
O passeio é de 45 minutos, que passam muito rápido. Estava vazio, mas ainda assim, vimos pessoas comemorando aniversário, barcos vendendo comida, chinampas, que são os canteiros de flores e muitos patos nadando.
Comemos em um destes barcos, tostadas de frango, preparadas na hora, no barco mesmo. As coronas compramos nos barcos de bebidas.
As duas trajineras lado a lado estão amarradas, para que famílias grandes possam caminhar juntas, lado a lado.
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